segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Boletim Dolores - Fevereiro de 2015


É CARNAVAL, SEGUNDA FEIRA NÃO TRABALHO NEM A PAU....

A cidade mais uma vez se enfeita para a festa, nas periferias os que constroem o cotidiano de uma escola de samba já respiram a ansiedade, nas pequenas agremiações também a expectativa para a semana festiva é grande, pequenos blocos de foliões, cordões ou blocos de sujos pipocam pela cidade... A expectativa é somente pela chegada do grande dia de ocupar pequenas ruas dos bairros e poder soltar seu grito de liberdade, beber a canseira do dia a dia, e suar a camisa, não pelo maléfico trabalho diário que deteriora nossos sonhos, mas pela alegria da certeza de que ainda na quarta feira de cinzas encontraremos tempo de restituir nosso físico, nossos corações e mentes.

Também nós do Dolores nos inserimos na festa carnavalesca, de certa forma até um pouco natural, pois esta festa apesar de todas as investidas do capital é sim uma festa dos trabalhadores, dos pobres, negros, periféricos.

Nosso pequeno bloco Unidos da Madrugada, embora nunca tenha saído na madrugada, faz sobrevoar sua coruja símbolo pelo bairro do Patriarca, arrastando foliões de vários pontos da cidade e também aqueles desavisados que vendo a banda passar pela janela não se acanham em sair à rua pra brincar a festa ao som de nossa batucada.

Cantaremos e celebraremos os 15 anos do Coletivo Dolores Boca Aberta, nossa luta, nossa arte, nosso carnaval que a 5 anos anima o CDC Patriarca. Convidamos a todos para somar nesta folia!!!

Neste ano a coruja dará seu rasante na sexta feira 13 de carnaval. A concentração será a partir das 18hs, em frente ao metrô Patriarca.

Tita Reis

Veja o nosso carnaval de 2014 através do vídeo produzido pelo Projeto Batuque - SP.




Dolores em luta, em ato e em festa
Samba-enredo Unidos da Madrugada 2015

Veio do morro vermelho
Mostrando logo a que veio
Na luta construindo seu enredo

Faz mutirão, batucada,
Ocupação na quebrada.
Vem sambar unidos da madrugada.

Nasceu no ano 2000
Menina lida com seu sonho juvenil
Fazer teatro na periferia 
É do povo, quem diria
Depois do trampo transformando o dia a dia

Mas sabe que sozinha não dá mão
Fez poesia de dentro da lotação
Dançou na sombra de um incêndio, "arreuniu"
Na militância o horizonte se abriu

A vida não finda, bailarina
Eu bebo eu fumo
Eu como com farinha

Eu não me envergo
Eu não me quebro
Eu perco folhas
Sou osso duro de roer

A vida não finda, bailarina
Eu bebo eu fumo
Eu como com farinha

Meu pixaim não tem medo de canibal
15 anos nesse Carnaval!

Um diamante que não quer se lapidar
Nem o petróleo a fez um dia se curvar
Mulher e mãe botou a vida para cirandar
Comer, dormir, trepar.

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