quinta-feira, 10 de julho de 2014

A morte de Luana não foi um acidente. O policial atirou consciente do que estava fazendo.

O Coletivo Dolores se solidariza com a família e se compromete com a luta e a pressão dos parceiros.

A vida da Luana Barbosa foi tirada de forma banal. Era um dia de festa para os artistas da Federação e para o público que ali frequenta. Luana era uma das principais responsáveis pelo evento que aconteceria naquela noite, 27 de junho. Planejava esse momento desde novembro do ano passado. Estávamos nos reunindo desde as 7h30 da manhã, recepcionando os artistas que iriam se apresentar na festa. Lua saiu para buscar o responsável pelo espetáculo que seria apresentado e no caminho da sua casa foi assassinada, vítima da ação violenta de um policial que atirou contra ela em uma blitz de trânsito.


O que justifica tanta violência, tanta brutalidade? Como é possível um policial utilizar uma arma para atirar diante de uma situação tão banal, quando a vida de ninguém estava sendo ameaçada?


Esse é o tamanho da nossa indignação, que se junta à indignação de tantas outras famílias e amigos de pessoas que foram vitimas de ações violentas - e inaceitáveis! - como esta que levou a vida da nossa querida Lua.


Nosso grito é contra este e tantos outros casos onde a injustiça tende a imperar. Gritamos.


Queremos que a memória de Luana Barbosa seja preservada na verdade dos fatos. Queremos uma investigação séria e não versões fantasiosas de acidente. Queremos que o policial que atirou e a Polícia Militar do Estado de São Paulo assumam suas responsabilidades. Queremos justiça!


Assinamos nós, amigos da Federação Prudentina de Teatro e Artes Integradas, pai, mãe e familiares de Luana Barbosa.


www.rosadosventos.art.br
circoteatrorosadosventos@yahoo.com.br
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18 99742 59 94
18 98105 79 73

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Boletim Dolores - julho de 2014




O mês de junho foi o último mês das atividades do Projeto de Fomento, edição de 2013, do Dolores. As últimas, e talvez mais importantes, ações foram realizadas nesse período. A concretização de "toda uma dedicação".

Fizemos uma mostra de processo da nossa "Trilogia da Necessidade" com os 3 espetáculos: "O direito à preguiça", "P.U.T.O." e "Narrativas na cozinha". Ao final dos espetáculos, cada um apresentado duas vezes, houve uma troca com o público. As conversas foram bastante diversas e muito ricas por alguns motivos que relato a seguir. Primeiro por conta do público composto não só por amigos e parceiros, mas pelos espectadores espontâneos angariados pela ação continuada do CDC Vento Leste. Em segundo lugar, por que essas conversas apresentaram a relevância do debate que estamos fazendo com essa trilogia. A discussão cutucou muita gente que trouxe reflexões da própria vida e das relações que escolhe ou é obrigado a tecer com o mundo do trabalho. Do meu ponto de vista, a frase que fica mais forte é a célebre "Só a luta muda a vida" e a preocupação, ao mesmo tempo que certeza, da importância dessa dimensão vazar de nossas críticas e angústias em forma de criação cênica.

Contradições apontadas, reflexões vivas e pungentes de gente que trabalha e cria e que permite e busca a permeabilidade de todas essas dimensões - e não é esse o objetivo e ao mesmo tempo a potência do nosso experimento em Teatro Mutirão?! Com a preocupação não de apontar caminhos, no sentido mais objetivo dessa ideia, mas de colocar a contradição e o movimento das forças. Nada está dado, tudo está em construção, forças em disputa e vácuos para serem ocupados.

O mês que tem essa cara de fechamento de processo, também se encerra com a produção do novo projeto do Dolores para concorrer a edição de meio de ano do Fomento 2014. Afora a certeza de que o fomento não abarca todos os coletivos de pesquisa continuada e todos os processos com pertinência política, dedos cruzados para a possibilidade de dar continuidade aos nossos trabalhos. Especialmente na circulação dos espetáculos, quase tinindo, da Trilogia da Necessidade, na continuidade e aprofundamento da gestão coletiva do CDC Vento Leste e na nossa batucada, da qual já estamos com saudade e que mostrou nossa cara e deu nossa mão em tanta luta e ação nesse período que passou. Sim, o Dolores tem pé e mão em tudo quanto é canto, em tudo quanto é vontade: no teatro, na poesia, na música, na batucada; na militância, na reflexão de ordem política; nos movimentos sociais, nas festas, nas lutas, nos caldos e nos debates.

Ah, mas em julho... vamos reduzir os motores e, quiçá, inspiradas em nossa Lucy, descansar um pouco!

[Em tempo, fica a denúncia sobre o despejo ilegal feito pela Prefeitura de Itapevi do acampamento Pd. João Carlos Pacchin do MST na madrugada do dia 3 de julho. Compartilhem!]]

(pensando sobre essa coisa de autoria digo:) Reflexão doloriana sintetizada por Mariana Moura

Aconteceu em junho...

13 e 20/06 - Apresentação do espetáculo "O direito à preguiça" no CDC Vento Leste. Saiba mais e veja as fotos
13 e 20/06 - Apresentação do espetáculo "P.U.T.O." no CDC Vento Leste. Saiba mais e veja as fotos.
15 e 22/06 - Apresentação do espetáculo "Narrativas na cozinha" no CDC Vento Leste. Saiba mais e veja as fotos.

e acontece em julho.

O mês de julho é mês de arrumação da casa.
Organizar o armazenamento dos conteiners, o acervo de figurinos, materiais de papelaria e de armarinho, arrumar a cozinha, as salas, fazer aquela faxina.
Momento de cuidar e preparar o terreno para o que vem pela frente.
Ah! E tempo de descansar também...
19/07 - Acontece a Festa Junina do CDC Vento Leste. Comidinhas, brincadeiras, quadrilha, gorózinho. Em breve no nosso blog.
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URGENTE - Despejo de acampamento do MST em Itapevi - SP

Nesta madrugada, dia 03 de Julho de 2014, por volta das 5h30, a Guarda Municipal de Itapevi entrou no acampamento Pd. João Carlos Pacchin no município de Itapevi (Grande São Paulo) e retirou brutalmente as famílias acampadas desde o dia 28 de Junho. As casas foram destruídas e a Guarda colocou fogo nos materiais dos moradores. Dali, com 2 tratores e 4 caçambas, se livrou dos restos das moradias. Todo esse aparato policial foi utilizado para promover a destruição mas nada para oferecer amparo, moradia ou transporte para as famílias as quais não foi permitido nenhum tempo para saída – mal puderam pegar seus documentos básicos.

A Guarda Municipal de Itapevi não possuía nenhum documento ou algum pedido legal para tal ação. A área pertence a COHAB do município de São Paulo e um processo de negociação estava em andamento.

Os moradores se deslocaram para a praça na frente da ocupação onde fizeram comida para as famílias e uma plenária para avaliar a situação e pensar os próximos passos.

Repudiamos a ação da prefeitura de Itapevi, o desrespeito violento aos direitos humanos básicos e exigimos uma imediata resposta às famílias que foram despejadas na rua sem nenhuma possibilidade de negociação.

Àqueles que puderem prestar solidariedade chamamos para fazer uma vigília na noite de hoje. Além disso pedimos a todos que compartilhem essas informações e nos ajudem enviando e-mails de apoio às famílias e de repúdio à ação do prefeito Jaci Tadeu da Silva.

Prefeito de Itapevi - Jaci Tadeu da Silva
email: gabinete.prefeito@itapevi.sp.gov.br
Telefone: 11 441437609

Precisamos de todo apoio!
Entrar em contato:

Pedro - 98117 6745
Luciano - 98742 3775
Michel - 9 8706 3371
Patricia - 98163 9616