A temporada do espetáculo A saga do menino dimante - uma ópera periférica, acabou dia 21 de agosto. Para nossa surpresa haviam mais ou menos 600 pessoas assistindo a derradeira apresentação. Esta temporada trouxe questões interessantes, fizemos 8 apresentações e tivemos em média 300 pessoas por espetáculo, na Zona Leste de São Paulo, Jd Triana. O que movia as pessoas até lá? O espetáculo traz questões sobre nossa construção enquanto seres humanos e elementos sobre as relações travadas na construção desta nossa humanidade dentro do sistema capitalista pelo viés da classe trabalhadora. Será que este é o motivo do "sucesso" deste evento? Esperamos que sim, mas ao mesmo tempo sabemos que não é tão consciente assim, mas as pessoas que foram reconheciam-se neste processo, e não só no espetáculo, mas com o espaço, as relações postas e expostas também no segundo ato/festa. Algo movia e trazia alegria. A alegria de uma participação de um sentimento de compartilhar do mundo uma confraternização de olhares. Talvez o mais importante deste processo foi o exercício de trabalhadores que se colocaram para fazer arte dentro das contradições deste tempo histórico e geram assim a possibilidade da resignificação deste mundo que continua em movimento, apesar de ideologias afirmando o contrário.
Para nós fica a grata satisfação de realizarmos-nos enquanto indivíduos, num trabalho coletivo, afirmando nosso olhar no mundo pelo viés de classe trabalhadora e que esta se reconhece neste processo. Indicação de um caminho aberto nas veias históricas.
O processo de luta continua. Pesquisas, estudos e a ações estéticas. O coletivo caminha.
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