quarta-feira, 29 de julho de 2009

Carta da Marcha

São Paulo, 16 de julho de 2009.


Estimados companheiros e companheiras,

Estamos nos aproximando de um momento importante de luta da classe trabalhadora, que ocorrerá no mês de agosto – a Mobilização Nacional contra a Crise. Em São Paulo, iniciaremos no dia 5 de agosto com a Marcha Estadual de Campinas a São Paulo, chegando à capital no dia 10 – onde permaneceremos mobilizados até o dia 14.
O êxito da mobilização depende de nossa capacidade de construir unidade entre os organismos da classe trabalhadora, porém, também necessitamos da solidariedade de classe para garantir as condições materiais de realização da Marcha e demais atividades.
No intuito de compartilhar os objetivos de nossa Marcha e também apresentar nossas principais demandas, elaboramos o documento que segue abaixo:

POR QUE MARCHAMOS?

Somos trabalhadores e trabalhadoras rurais organizados no Movimento Sem Terra / Via Campesina, que lutamos pelo direito a um pedaço de terra onde possamos plantar, colher e garantir uma vida digna às nossas famílias.

Oriundos de várias partes do Estado de São Paulo, de diferentes comunidades, assentamentos e acampamentos para dialogar com a sociedade e os poderes constituídos com o objetivo de denunciar a condução das políticas em nosso país, as quais favorecem apenas os ricos que, por meio da apropriação capitalista, aumentam a cada dia mais a exploração e a miséria da classe trabalhadora. É por isso que marchamos:

Marchamos para reafirmar a necessidade da realização da Reforma Agrária como uma política de distribuição de terra, renda e riqueza para milhões de brasileiros que de forma direta ou indireta serão beneficiados. Dizem que São Paulo não tem terra para os SEM TERRA, entretanto, é um dos estados com uma das agroindústrias mais concentradoras a qual convive com os maiores índices de êxodo rural e miséria em suas pequenas e médias cidades do interior, além do terrível cenário atual nas periferias das grandes metrópoles, onde se concentram milhões de pessoas sem alternativa de vida digna. O povo brasileiro precisa recolocar a Reforma Agrária na pauta do país e dizer que somente através dela é que vamos conseguir produzir alimentos de boa qualidade, a baixo custo e empregar milhares de pessoas que foram expulsas do campo pelo Agronegócio.

Marchamos porque somos contra a concentração da propriedade da terra, das florestas, da água e dos minérios, pois, além de causar a destruição da natureza, expulsa os camponeses, os pequenos produtores, os povos indígenas, os ribeirinhos, os quilombolas. Condenamos a política agrícola e ambiental dos sucessivos Governos Tucanos em São Paulo e do Governo Lula, pois só têm beneficiado o agronegócio, seus interesses econômicos e incentivado a destruição ambiental.

Marchamos para reafirmar a necessidade de unificar toda a classe trabalhadora, do campo e da cidade, para juntos consolidar um processo de emancipação pelo qual possamos ter de fato emprego decente, moradia digna, saúde e educação gratuita e de qualidade, alimentos saudáveis para todo povo brasileiro.

Marchamos para denunciar a exploração da classe trabalhadora por seus patrões e fazer com que o nosso apelo seja ouvido e que soluções sejam tomadas: a cada dia aumenta o número de pessoas desempregadas, e agora com a crise dos ricos, sobra para nós, os empobrecidos, pagarmos a conta. Precisamos nos fortalecer enquanto classe trabalhadora para garantir que se cumpram os direitos trabalhistas e previdenciários; a maioria dos empregadores sequer assina a carteira de seus funcionários. É inadmissível e indignante vivermos ainda hoje com a existência de trabalho escravo em nosso país, e assistirmos passivos os aumentos sucessivos de incentivos para aquelas agroindústrias que o promovem.

Marchamos também para repudiar a crescente criminalização da luta social e da pobreza em todo o país. Não é possível admitir que num país dito democrático, cada vez mais seja considerado crime o exercício legítimo de organização política e reivindicação de nossos direitos assegurados formalmente até pela Constituição Federal. Muito menos admitir que pessoas, sobretudo jovens e negros das periferias urbanas, sejam a cada dia mais consideradas “suspeitas” simplesmente por viver na pobreza ou na miséria material, tornando-se vítimas prioritárias das políticas de criminalização, encarceramento e execuções sumárias em massa que se tornaram uma prática comum do Estado brasileiro nos últimos anos.

Marchamos, finalmente, para refletir e debater também sobre a forma com que o meio ambiente está sendo tratado. O nosso país ainda tem o privilégio de possuir riquíssimos biomas: como a Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, o Cerrado, o Pantanal etc, porém, infelizmente a cada dia que passa, mais ameaçados estão nossas matas, florestas, rios, animais, clima e seres humanos… devido à busca desenfreada dos capitalistas pelo lucro. É preciso frear a ganância dos poderosos que, para seguir aumentando seus lucros, passam por cima de tudo e de todos. Nos dias de hoje já vivenciamos vários problemas de ordem climática que é resultado desta ganância dos ricos.



O povo não pode pagar a conta. Que os ricos paguem a conta da crise!


CRESCEMOS SOMENTE NA OUSADIA!
Mário Benedetti



Para mais informações:
Secretaria Estadual – 11 3663 1064
Karina – 11 8012 3091
Marcia – 19 8203 4986

Marcha MST

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Waguininho foto

nós em reunião:

Waguininho e músicas

Waguinhino é um encontro de imersão Doloriano e entre o dias 9 e 12 de Julho o Dolores esteve junto com a banda Nhocuné Soul num sítio aprofundando os trabalhos de construção da Saga do menino diamante, foi um encontro bastante produtivo apesar das chuvas constantes. Algumas músicas e boas cenas foram feitas lá. Enquanto o espetáculo não estréia colocaremos um link onde as músicas poderão ser ouvidas.

Cristian Sabja

Cristian Sabja desenvolve seu trabalho com reciclagem, mas uma caractreística marcante em seu trabalho é que ele vai direto ao lixo recolher o material com o qual produz seu trabalho plástico. Suas obras são uma mistura de cores, formas, texturas e dimensões, possibilitadas pela enorme quantidade e variedade do lixo que produzimos cotidianamente e que muitas vezes estão ao léo nas ruas da cidade. Seu trabalho resignifica o lixo ao meso tempo que significa-nos como sociedade consumidora de lixo e produtora de suas próprias mazelas.

domingo, 5 de julho de 2009

Cristian Sabja

Esta é uma das obras do artista plástico chileno Cristian Sabja, que compõe um dos espaços do CDC Patriarca e que fará parte do cenário do espetáculo - a Saga do menino Diamante.

Processo de construção

O dolores esta erguendo um espetáculo, A saga do menino diamante, que tem commo pretensão trabalhar alguns elementos que julgamos importantes na formação do indivíduo como ser social e por consequência apontamos questões que entendemos significativas para o processo de desvendamento desta sociedade e pretendemos colaborar para o possível caminhar em direção de uma nova sociedade.
Nossos ensaios acontecem de terça à quinta.